Blog do Inédito

Dicas para o seu home office em tempos de Coronavírus
23/Mar/20autor: Emerson Dias
Dicas para o seu home office em tempos de Coronavírus

Quais são as dicas básicas para fazer uma temporada de home office nestes tempos da crise do COVID19?

Eu e meu parceiro David Kallás escrevemos um texto sobre isso para a Revista da ANEFAC, o texto repercutiu na mídia e até a data que escrevo este texto já fiz entrevistas, para a rádio CBN, Diário do Comério, R7, Infomoney e para o jornal O Povo falando sobre esse tema.

Então decidi pôr no papel (word é verdade) o que já estava no texto original, mas que sofreu alterações devido as contribuições de pessoas que compartilharam comigo suas experiências e aquilo que tenho orientado de forma geral.

E espero que te ajude. Vamos lá!

Organize-se.

Programa atividades e tenha controle sobre elas, não é porque você está em casa que não precisa ter uma rotina. É importante demarcar espaços na agenda para as atividades e ser rigoroso com seu empenho nelas.

Os prazos de entrega não mudam, estando você no escritório da empresa ou na beira da piscina. Evite a procrastinação e faça as coisas que devem ser feitas nos devidos prazos.

 

Defina metas diárias realistas 

Uma boa medida para saber se você está sendo produtivo é estabelecer metas diárias de tarefas a serem feitas e ao final do dia fazer o balanço do seu percentual de realizado versus planejado.

 

Reduza as distrações

Não deixe as tarefas da lavanderia, limpeza, consertos e reparos consumirem seu dia de trabalho. Você deverá também se precaver contra interrupções sociais, a medida em que algumas pessoas possam pensar que, pelo fato de estar trabalhando de forma remota, você poderá fazer o que quiser a qualquer horário do dia

 

E as crianças?

Caso tenha filhos, provavelmente eles também estarão em casa e podem demandar atenção. Aqui, a nossa recomendação é planejar um revezamento com quem estiver em casa, seja seu cônjuge, funcionários ou os dispositivos eletrônicos (videogames, tablets, computadores e TV). Avós são grupo de risco, e só devem ficar próximos das crianças em caso de certeza que elas não tenham risco de estarem contaminadas. Aproveite também para reservar algumas horas do dia para ficar com elas.

 

Lar doce lar

Tenha sempre a mente que você também está em casa, vale lembrar que a casa deveria ser antes de tudo o porto seguro, esse é o conceito de lar doce lar. Então, lembre-se também de “ir pra casa” e descansar. Tenha seus momentos de descanso, lazer e entretenimento garantidos na agenda. Você não vai mais chegar em casa e ligar o notebook para trabalhar porque simplesmente você nem saiu de casa, mas o notebook estará lá e ligado. Resista a tentação de trabalhar 24 horas por dia. Recompense a produtividade: se você foi produtivo por uma hora ou duas, tire 15 minutos para preparar um bom café, caminhar ou fazer algo que goste.

 

Tenha um office na sua home

Tão importante quanto o trabalho a ser feito é o local onde o trabalho será feito. Muitas pessoas têm cadeiras ergométricas, mesas reguláveis, boas telas, internet rápida etc. Mas só na empresa, em casa elas improvisam. Não é muito confortável trabalhar o dia todo sentado na cadeira de praia improvisada na varanda, a luz que bate na tela vinda da janela sem cortina, a falta de um ar condicionado no verão pode ser fator de improdutividade, mas é normal só descobrir tudo isso depois de ter que trabalhar de casa pela primeira vez. Quando se dá conta de que internet é lenta para vídeos, downloads, o celular não tem sinal, o cachorro não para de latir durante a videoconferência, enfim. É importante saber que as condições de entorno afetam o desempenho, portanto, tenha infraestrutura e condições de trabalho.

 

Cuide de sua imagem

Vista-se de forma adequada. Pode até ser tentador, dependendo da reunião virtual estar mais confortável. Mas lembre-se: você está trabalhando. Portanto, nada de ficar sem camisa, vestir-se da cintura pra cima e deixar o pijama por baixo. Você pode esquecer deste detalhe durante a reunião e ao se levantar revelar este nada agradável visual.

 

Busque interações sociais com o uso da tecnologia

Você pode (e deve) reduzir a distância física sem comprometer a interação social. Se estiver se sentido muito solitário, isso é um mau sinal. A enorme maioria dos trabalhos são colaborativos, e você pode fazer isso de casa. E abuse da tecnologia. Há diversas ferramentas para videoconferências (skype, hangouts, zoom, webex), e também para trabalhos colaborativos (google docs, trello, slack e microsoft teams, entre outros). Se não conhece ainda, tente explorar a potencialidade dessas ferramentas. Até o momento em que escrevemos esse texto, google e webex já tinham anunciado o uso gratuito de suas versões, por conta da pandemia. E, para as crianças, muitas TVs por assinatura, como a NET, abriram o sinal dos seus canais especiais.

 

Lições que podemos aprender na crise

 

Sempre que o tema é comportamento humano, vale lembrar que existem variáveis que dependem de nós e outras sobre os quais não temos a menor gestão, mas que impactam nosso comportamento. O momento é prova disto. Lavar as mãos, evitar aglomerações depende de nós, o vírus viajando pelos ares e bater em nossa porta, não temos como gerenciar.

Se por um lado, em uma crise anterior aprendemos a usar álcool gel, produto que até então muita gente sequer sabia que existia, hoje isso se tornou cultural. Raramente existem espaços onde o produto não esteja lá esperando ser usado. Até muitas pessoas carregam consigo um pequeno frasco. Jovens estudantes criaram uma moda de pendurar seu frasco fora da bolsa e eles vêm das mais variadas formas e cores.

Isto foi incorporado ao hábito de todos nós, porque fomos obrigados a aprender que isso era algo importante.

Assim, podemos ver que tudo aquilo que não depende de nós, também pode nos ensinar e ser incorporado em nossos hábitos.

Se você não é muito apegado ao trabalho feito em casa, talvez tenha aí a grande oportunidade de adquirir esse hábito, pois o futuro será esse.

Agora quer saber algo curioso? Antes da 1a revolução industrial por volta do ano de 1750, as pessoas não saiam de casa para trabalhar, não havia fábricas, escritórios, a vida era rural e havia pequenas manufaturas nas casas. Somente com o advento das indústrias em larga escala que o mundo se urbanizou e as pessoas tiveram que sair de casa para trabalhar. Portanto, o que se aprendeu, também pode se desaprender e aprender diferente. No mundo onde a virtualização do fazer vem dominando o mundo do trabalho. É bom prestar atenção nesta crise e tirar algumas lições dela.

Última dica!

É tempo de desenvolver sua inteligência emocional.

A inteligência emocional é uma combinação de domínio afetivo (emoções) e do domínio cognitivo (pensamento) e a interação entre os dois domínios. Enquanto a inteligência está preocupada com a capacidade do indivíduo em aprender informações e aplicá-las a tarefas da vida, a inteligência emocional está preocupada com a capacidade de compreender emocionalmente e aplicar esse entendimento à essas tarefas. Ou seja, a auxiliar o pensamento, a compreender as emoções e os significados emocionais e a regular as emoções de maneira promotora do crescimento emocional e intelectual. (NORTHOUSE, 2016; SALOVEY; MAYER, 2008).

Eu utilizo um instrumento de medição que identifica o nível de IE escalas. Essa ferramenta é derivada dos estudos do professor Reuven Bar-On que, muito antes de Daniel Goleman lançar o best-seller “Inteligência Emocional”, já pesquisava o tema. Assim o que vejo precisamos desenvolver mais fortemente nesta crise são estas:

Consciência Emocional: inclui reconhecer e compreender as próprias emoções. 

Empatia: reconhecer, compreender e apreciar como as outras pessoas se sentem.

Responsabilidade social: contribuir voluntariamente com a sociedade, com os grupos sociais e para o    bem-estar dos outros. 

Solução de problemas: a capacidade de encontrar soluções para problemas em situações nas quais as emoções estão envolvidas.

Teste de realidade: a capacidade de manter a objetividade, vendo as coisas como elas realmente são.

Controle dos impulsos: a capacidade de resistir a um impulso, tendência ou tentação de agir.

Tolerância ao estresse: envolve lidar com situações estressantes ou difíceis e acreditar que é possível gerenciar ou influenciar essas situações de maneira positiva. 

Otimismo: é um indicador da atitude positiva. Isso envolve permanecer esperançoso e resiliente, mesmo diante de eventuais contratempos.

Gostou do texto?

Acessa o canal do inédito viável no Youtube (www.youtube.com/c/oineditoviavel). Tem mais de 500 vídeos para você, sempre com temas originais para sua vida, carreira e negócios.

Para acessar o texto original que saiu na Revista da ANEFAC clique aqui:

Estas dicas também foram publicadas em:

https://portalcbncampinas.com.br/2020/03/covid-e-o-home-office/

https://diariodocomercio.com.br/gestao/especialista-da-dicas-para-trabalhar-remotamente-em-tempos-de-coronavirus/

https://noticias.r7.com/economia/coronavirus-vai-fazer-home-office-fique-de-olho-nessas-dicas-18032020

https://www.infomoney.com.br/carreira/coronavirus-e-home-office-5-dicas-para-manter-a-produtividade-trabalhando-de-casa/

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